Esperavam-nos 8 km sempre a subir, será que são como os de ontem? Pois não, eram mm a subir.
Felizmente os Espanhóis sabem fazer as subidas com inclinações aceitaveís, ou pelo menos aquelas que os peregrinos em bicicleta vão subir, porque descer a Cruz de Ferro, não é bem assim. Senti medo, mesmo medo, a inclinação era tanta que senão tivesse trocado os travões não sei como seria. Quase deixei de utilizar o travão da frente depois da queda, pelo menos tento o uso ponderado entre ambos, pois mesmo com o travão (de trás) quase a fundo íamos sempre a mais de 20 km/h, depois a estrada tinha aqueles buracos simpáticos, onde a roda poderia entrar e aí superava certamente as feridas da primeira queda.
Mas agora, antes de descer… tínhamos chegado à Cruz de Ferro!!! Pois sempre que olhava para o caminho este era um ponto especial e tinha bastante curiosidade de ver o que as pessoas lá deixavam... Aliás, tinha trazido duas conchas da Arrábida para lá deixar, em vez de uma pedra apanhada pelo caminho, 200m antes, como mt gente faz. Depois de deixar a concha, o Thiago disse-me que tinha de ser uma pedra do tamanho dos nossos pecados e assim, nesse preciso momento pela dimensão da minha concha voltei a pecar!!!!
Chegou também o momento de abandonar a vouvuzela, depois de tantos dias ao meu lado, à chuva, pó , pelo chão, etc e após os 7-0 de Portugal que melhor momento poderia haver?? foi a minha contribuição… Quem sabe se alguém a tocará como sinal de vitória pela sua subida!?!?
Existem regras básicas partilhadas pelo serviço nacional de saúde Espanhol. O primeiro conselho foi aquele que não segui: Vai ao teu ritmo! Pois eu não estava a ir. O meu ritmo implica: fotografar, parar nas localdiades, falar com as pessoas, visitar as cidades e até actualizar o blog. Estava a fazer tudo a correr, para pedalar. Aqui aprendi também outra lição: Meninas, não deixem um homem planificar as etapas, pois ele colocou-nos a fazer os mesmo 60 km que fazemos em recta, nas subidas… simplesmente não dava, estávamos atrasados desde que saímos de Portugal. Para mim no máximo faria 40 km por dia, só de manhã, as tardes devem ser para descansar e tudo o resto que indiquei em cima, isso sim é conhecer.
Pois nesse mesmo dia, de tarde tive tempo para isso mesmo e depois de conhecer as pessoas enquanto esperava pelo Thiago, tivemos direito a foto de grupo, no final, depois de apresentar o meu amigo que à tanto esperava!
Distância: 37,10 km
Tempo: 2h:52m:4s
Vel Média: 12,88 km/h
Vel Máx: 46,73 km/h
Distância: 83,47 km
Tempo: 5h:37m:05s
Vel Média: 15,40 km/h
Vel Máx: 58,15 km/h
P.S – Confirma-se, afinal a menina era mesmo lenta!
Dia 12 : Rabanal del Camino - Cruz de Ferro - Ponferrada - Vega de Valcarce
Rabanal del Camino – Cruz de Ferro – Ponferrada – Vega de Valcarce
Chegamos a Ponferrada!
Aqui iríamos decidir, eu não tinha tempo para continuar, mas nada impedia o Thiago, logo acabou-se a viagem em conjunto de bicicleta…
… juntei-me a outra causa!!!
O meu é este modelito mais moderno!
P.S Não podemos deixar de referir esta bonita localidade que fica junto à cruz de Ferro, chama-se Manjarin, lembra-nos as fotos que tiramos com um pé de cada lado, em diferente locais.. pois aqui quase dá para colocar um pé de cada lado, mas fora, enquanto o corpo fica na localidade!!!
+ Fotos
Estatística Helena
Estatística Thiago
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