Saint Jean Pied de Port – Roncesvalles
Ontem quando terminámos de actualizar o blog, ir à internet, etc, eram 21h. Ainda não tínhamos jantado e o Thiago ouviu os Srs. a comentarem que o Albergue fechava às 22h. Nunca pensei que fechasse mesmo, mas, é verdade. Chegámos faltavam 5min, fomos basicamente os desordeiros. Todos já estavam a dormir, nós ainda sem qq km nas pernas, cheios de vontade de ficar até mais tarde e por incrível que pareça ainda era de dia. Rendemo-nos e juntámo-nos aos restantes. Às 6h em ponto entraram pelo quarto a indicar que o pequeno almoço estava pronto,na véspera até pensei em colocar o despertador, depois achei que a movimentação me acordaria e optei por não o fazer, nem sequer foi preciso!
Cá vamos, subir os Pirenéus! Tentei informar-me e indicaram-me que devia seguir pela estrada, no entanto na oficina do peregrino, disseram-nos que podíamos ir mt bem pelo trilho, apenas existia 1 km em que teríamos de empurrar a bicicleta; Carregá-la? Não só empurrar! O Thiago ficou entusiasmado, eu com as minhas dúvidas, que foram desfeitas quando de manhã conversamos com um holandês que já estava de regresso, depois de ter feito desde casa a Santiago em bicicleta. Disse-nos que devíamos ir pela estrada e de todas as subidas que iríamos encontrar pelo caminho, todas eram igualmente difíceis, umas mais inclinadas outras mais longas, bem é só escolher! Tentei prolongar a conversa, mas uma cinquentona começou a meter-se com ele, sendo eu ignorada de imediato!
Lemos mt coisa e estávamos ansiosos, será que vamos conseguir?.. Dúvidas desfeitas, pela estrada os primeiros 8 km são simples com ligeiras subidas e descidas, o divertimento começa, assim que entramos em Navarra, a maneira simpática que os Espanhóis têm de nos cumprimentar, 20 km sempre a subir, com rectas e descidas mt subtis.
Parámos para tomar o pequeno-almoço em Valcarlos, luxo, é a forma de descrever esta vista!
Ontem quando terminámos de actualizar o blog, ir à internet, etc, eram 21h. Ainda não tínhamos jantado e o Thiago ouviu os Srs. a comentarem que o Albergue fechava às 22h. Nunca pensei que fechasse mesmo, mas, é verdade. Chegámos faltavam 5min, fomos basicamente os desordeiros. Todos já estavam a dormir, nós ainda sem qq km nas pernas, cheios de vontade de ficar até mais tarde e por incrível que pareça ainda era de dia. Rendemo-nos e juntámo-nos aos restantes. Às 6h em ponto entraram pelo quarto a indicar que o pequeno almoço estava pronto,na véspera até pensei em colocar o despertador, depois achei que a movimentação me acordaria e optei por não o fazer, nem sequer foi preciso!
Cá vamos, subir os Pirenéus! Tentei informar-me e indicaram-me que devia seguir pela estrada, no entanto na oficina do peregrino, disseram-nos que podíamos ir mt bem pelo trilho, apenas existia 1 km em que teríamos de empurrar a bicicleta; Carregá-la? Não só empurrar! O Thiago ficou entusiasmado, eu com as minhas dúvidas, que foram desfeitas quando de manhã conversamos com um holandês que já estava de regresso, depois de ter feito desde casa a Santiago em bicicleta. Disse-nos que devíamos ir pela estrada e de todas as subidas que iríamos encontrar pelo caminho, todas eram igualmente difíceis, umas mais inclinadas outras mais longas, bem é só escolher! Tentei prolongar a conversa, mas uma cinquentona começou a meter-se com ele, sendo eu ignorada de imediato!
Lemos mt coisa e estávamos ansiosos, será que vamos conseguir?.. Dúvidas desfeitas, pela estrada os primeiros 8 km são simples com ligeiras subidas e descidas, o divertimento começa, assim que entramos em Navarra, a maneira simpática que os Espanhóis têm de nos cumprimentar, 20 km sempre a subir, com rectas e descidas mt subtis.
Parámos para tomar o pequeno-almoço em Valcarlos, luxo, é a forma de descrever esta vista!
Continuando a subir, depois de muito tempo começamos a ficar baralhados e o que normalmente é a subir passa a ser recto, portanto sempre que não vamos em primeira não é inclinado, no entanto, eu diria que fizemos 1/3 do percurso nessa mudança…
Antes de partir ainda em Portugal, a minha teoria era simples, de nada me adianta pedalar mais devagar do que se fosse a andar, portanto sempre que tiver abaixo dos 8km/h, mais vale empurrar, uma vez que não cansa tanto, pois é, mas fiz uns bons 15 dos 20 km a 6km/h, não podia ir a empurrar durante todo o percurso…
Resumindo, surpreendi-me e não é tão complicado quanto julgamos, pelo facto de as subidas não serem muito inclinadas, faz lembrar o caminho entre Cascais e Sintra, mas desta vez sem a descida para Colares, continuando sempre a subir.
Mas obviamente mt cansativo e quando no final, depois de subirmos e já sabemos que estamos a chegar pelos km em falta, avistamos uma igreja bem no alto, a emoção é enorme, existe uma recta aí de 200 m, uma daquelas rectas onde ficamos com a perfeita percepção da nossa velocidade (6km/h), nessa altura levantou-se um vento tão forte que pensámos: não acredito que depois de tudo isto vou ter de empurrar, logo nos últimos metros… Ibañeta 1057 mt!
Aí pela primeira vez avistamos peregrinos, que chegam provenientes do trilho!
+ Fotos
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Roncesvalles – Zubiri
Chegados a Roncevalles, fomos carimbar a credencial e tentar localizarmo-nos. Queremos comprar um kanguru Espanhol, qual não é o nosso espanto, quando nos deparámos com apenas um posto de informações, 2 hoteis, 2 restaurantes, o albergue, museu e pouco mais, nem uma mercearia existe. São duas horas da tarde, o que fazemos até dormir? Já ontem nos deitamos às 22h, somos meninos de cidade, que fazemos agora?? Bem vamos pedalar mais, é sempre a descer daqui para frente, pelo que nos dizem.
Ainda quase sem pedalarmos começa a chover torrencialmente, toca a colocar todas as capas e seguir. Uns metros mais a frente comecei a pensar, isto até é divertido, mas estou gelada, toda molhada, os pés já estão ensopados e acabei de almoçar, + o esforço, pois a descida terminou (não acreditem qd é sempre a descer :S)… Tive de parar, descalçar-me e tentar aquecer-me. Aqui lembrámos-nos de qd estavámos a fazer as malas, colocamos o menos possível, não podemos admitir que vai chover ou então tinhamos de arranjar um atrelado extra. Hora da siesta, a estação de serviço fechada é o melhor abrigo que existe.
Chegados a Roncevalles, fomos carimbar a credencial e tentar localizarmo-nos. Queremos comprar um kanguru Espanhol, qual não é o nosso espanto, quando nos deparámos com apenas um posto de informações, 2 hoteis, 2 restaurantes, o albergue, museu e pouco mais, nem uma mercearia existe. São duas horas da tarde, o que fazemos até dormir? Já ontem nos deitamos às 22h, somos meninos de cidade, que fazemos agora?? Bem vamos pedalar mais, é sempre a descer daqui para frente, pelo que nos dizem.
Ainda quase sem pedalarmos começa a chover torrencialmente, toca a colocar todas as capas e seguir. Uns metros mais a frente comecei a pensar, isto até é divertido, mas estou gelada, toda molhada, os pés já estão ensopados e acabei de almoçar, + o esforço, pois a descida terminou (não acreditem qd é sempre a descer :S)… Tive de parar, descalçar-me e tentar aquecer-me. Aqui lembrámos-nos de qd estavámos a fazer as malas, colocamos o menos possível, não podemos admitir que vai chover ou então tinhamos de arranjar um atrelado extra. Hora da siesta, a estação de serviço fechada é o melhor abrigo que existe.
São Pedro acalmou e continuámos, dei graças aos ténis extra que tinha na mala, revelaram-se uma excelente opção, coloquei-os a pensar que os outros podiam estragar-se, agora penso o quanto isso é menos provável, face a chover, sei lá!
Por último, meio perdidos a caminho quando passámos por uma terra chamada Erro e achávamos que por hj os Pirenéus tinham sido os únicos a dar-nos luta, apareceu o Alto do Erro! Passaram por nós os primeiros peregrinos de bicicleta, duas francesas, inteligentemente com um carro de apoio, sem qq grama extra, a uma velocidade estonteante, uns 8km/h, o que para nós já representa um aumento de 25%!
Abençoado carro de apoio, pois qd cheguei ao topo, percebi que talvez tivesse tentado andar mais do que aguentava, devia estar branca ou algo do género, não precisei nem de uma palavra para o Sr que as acompanhava me perguntar se queria açúcar. Sim pf! E ele tb não precisou de indicar uma palavra para perceber o que lhe ia na cabeça, eu disse : Saint Jean Pied de Port. Ah claro! Respondeu ele num som universal….
Por último, meio perdidos a caminho quando passámos por uma terra chamada Erro e achávamos que por hj os Pirenéus tinham sido os únicos a dar-nos luta, apareceu o Alto do Erro! Passaram por nós os primeiros peregrinos de bicicleta, duas francesas, inteligentemente com um carro de apoio, sem qq grama extra, a uma velocidade estonteante, uns 8km/h, o que para nós já representa um aumento de 25%!
Abençoado carro de apoio, pois qd cheguei ao topo, percebi que talvez tivesse tentado andar mais do que aguentava, devia estar branca ou algo do género, não precisei nem de uma palavra para o Sr que as acompanhava me perguntar se queria açúcar. Sim pf! E ele tb não precisou de indicar uma palavra para perceber o que lhe ia na cabeça, eu disse : Saint Jean Pied de Port. Ah claro! Respondeu ele num som universal….
Aquele carrinho tinha dado um jeito tremendo!!
Agora que me sentei para escrever, apesar de apenas ter internet não sei qd, penso nos km percorridos e no quanto estou cansada e foi desgastante este primeiro dia, entertanto conheci finalmente alguém mais novo, uma Alemã, que está a fazer o caminho com a filha de 8 meses, a empurrar o carrinho Pirenéus acima! Pronto, já não me queixo mais!!!
PS- Vou-me deitar, é quase meia-noite e ela continua a tentar embalar a bebé (Penélope, nascida no Algarve) :D
+ Fotos
Estatística
Distância: 57,86 km
Tempo: 5h:03m:02s
Vel Média:11,45km/h
Vel Máx:47,4km/h
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