Caminho do Tejo - Dia 2

Olhos de Água » Fátima

E conforme tinha dito, senti como se tivesse saído de Lisboa, ou do Algarve, ou qq outro lado distante :D

Acordámos cedinho, depois de uma noite mal dormida, na tenda de 8 € que em tempos comprei e nem o facto de ser a mais leve, compensa o fraco sistema de ventilação, é nestes momentos que o 1,60m se vinga do 1,80m, quando dorme esticado e sem roçar nas paredes da tenda, por onde escorre água, como se chovesse...

Assim que passámos a primeira subida, 20 seg após o início da viagem nessa manhã, o Thiago começou a dizer que tiro fotos a tudo, menos ao caminho, que qd vê blogs, é o que + gosta de ver, tirei a máquina de propósito, mas tinha deixado o cartão dentro do computador, este no saco, dentro da mala do alforges, enfim, essa não registei, mas tirei algumas fotos e só para ele, aqui ficam:








Diguemos que fazer 2/3 no sábado e 1/3 da viagem no domingo foi mt bem decidido, fiz as duas piores subidas que alguma vez tinha feito. A primeira de Covão a Minde, onde por incrível que pareça, utilizei pela primeira vez as mudanças em primeira, e mesmo assim, podia ter reduzido mais, a segunda subida, bem... essa já partilho. Quando terminámos esta primeira subida, vimos pela primeira vez o caminho a seguir apenas para os peregrinos a pé, continuámos, e virámos na indicação de BTT.

Fizemos a nossa primeira ultrapassagem, à motinha que ocupava toda a estrada e depois deparamo-nos com uns animais simpáticos. A foto está o melhor que consegui, nunca achei que tivesse medo, mas nesse momento tive-o. A minha fértil imaginação, só pensava nas corridas em que estes saltam as vedações, bem mais altas que aquele muro. Pois, os nervos não me deixaram tirar a foto como deve ser, mas a largura do trilho era a mesma que na foto da motinha e o muro do meu lado esquerdo era bem mais alto q o direito, ou naquele momento parecia. Só imaginava o touro a saltar a vedação e o resto está nas míticas imagens de pamplona, por exº. Portanto, corajosamente o thiago ofereceu-se para passar à minha frente, com a sua camisola laranja bem berrante, o que agoçou ainda mais a imaginação, uma coisa é certa os pés estavam prontos para correr...Passámos e nada aconteceu, a parte emocionante veio depois.

Primeiro o trilho deixa de ser transitável para quem quer ver o chão, depois deixa de ser transitável ponto, pelo menos para a bicicleta. A largura, as pedras, somos nós a empurrar a bicicleta, até que chegamos a um ponto que não dá mais, a bicileta tinha de ir mesmo pelo ar, só nos podemos ter enganado, este não pode ser o caminho e esta foi a segunda subida.







Por último, deixo um apelo a quem gosta de dar indicações, pois após a descida de Minde, no outro Covão, alguém nos diz, por agora é a descer, depois não liguem às tabuletas, pois o caminho não está mt bom, vão sempre pela estrada que é recta. Pela estrada, sem dúvida (bom conselho), agora sempre a descer ou recto, é que não foi bem o caso, portanto, só para clarificar, qd dizem recto ou a descer, implica que se deixarmos de pedalar continuamos a andar, no máximo paramos, qd andamos para trás já não pode ser classficado nesta categoria, ok?

+ Fotos












P.S - Escrito na tabuleta:
"Impossível queimar dignamente todas as velas no tocheiro. Acenda uma vela só. Coloque as restantes na pira. A sua promessa fica cumprida"

Simplifiquei, comprei só uma!

Caminho do Tejo - Dia 1

Azambuja » Olhos de Água

Gostariamos de ter feito Lisboa – Fátima, mas para 2 dias, seria arriscar muito, 100km no dia 1 e 30km no dia 2 (mas sempre a subir), acabámos por optar por partir da Azambuja, eu com ideia que, quando chegássemos, iria saber ao mesmo, pois iria ser difícil.
Hoje pedalámos 65 km e de facto não foi fácil. Pensando que terá de ser a nossa média para Santiago… ui..
Saímos na estação da Azambuja, primeira questão: devemos ir para qual lado? Devia existir um marco, algo, mas foi apenas por palpite, acertámos (lado direito de quem chega). Depois: pedir direcções, até que visualizámos o nosso 1º marco.

Pensámos que a partir daí estaríamos seguros, pois o trabalho de casa foi mt pouco e de facto o caminho está mt bem assinalado, excepto logo a seguir ao nosso início, onde nos perdemos, com sorte existem mts tractores e algumas pessoas para as indicações.
Não posso deixar de assinalar o momento em que o Thiago me superou, estamos 2 a 1 em quedas, furos para já 0.
Quando nos perdemos, pensámos que teríamos de ir pela estrada o que nos desiludiu um pouco, mas encontrado o caminho chegámos à terra batida, tanto desejo de percorrer esse trilho, rapidamente desfeito, o alcatrão é tão melhor.
Melhor momento: a música russa ou algo parecido e eu pé entre pé a tentar tirar uma foto sem os acordar..consegui!!!


Temos a sensação que andamos a subir e descer monte, quando pela estrada iriamos recto, tenho de pesquisar no google qd terminar, mas a subida para o miradouro de Chã de Cima, valeu a pena, aquela sensação de : agora que já subi valeu a pena, no entanto se nos perguntassem: voltavas a subir tudo de novo? Bem essa é uma pergunta difícil.


Desde que encontrasse a mesma sra (esqueci-me de lhe perguntar o nome)… mas fiquei a conhecer a maioria das pessoas, o que fazem , onde vivem e como era antigamente. Contou-me quando era nova apanhava milho na Azambuja, outros tempos, agora ao fds, vai até ao miradouro, local de encontro com os restantes habitantes, mas agora são menos, há uns anos, era até as tantas na conversa… :D Entretanto passou o sr da fruta, que passa todos os sábados…

Voltamos a descer e finalmente chegamos a Olhos de Água, cheio de miúdos em excursão, mesmo assim encontramos os dois últimos m2 de areia, ou talvez os únicos, para um banho refrescante, refrescantemente gelado, que nem o anúncio a qualquer coisa. À porta do parque começa o trilho para amanhã, inclinado …


+ Fotos
















Férias..

Mais de 30ºC, parámos no Estoril para ir até Sintra.

A praia mesmo ali, um calor insuportável, olhamos um para o outro e questionamos: mas porque vamos tirar férias para andar de bicicleta quando poderiamos estar deitamos na praia, calmamente a ler um livro e nos finais da tarde ir beber um copo.. além de que, teriámos um bronzeado regular ( já tenho a marca das luvas, com um pormenor, só numa das mãos)...


E aproveitariamos as férias para... para descansar!!!


Primeira Conquista, Primeira Queda!




Não me lembro ao certo quantos anos são, possivelmente mais de 4, que separam a emissão da minha carta de condução da do Thi. Quando tirou a carta, recordei todas as trapalhices que fazia ao inicio e partilhei os mesmos conselhos que me deram:

1º Após 3 meses não te julgues já um campeão, não aceleres, pois ainda não tens, nem experiência nem os reflexos.
2º Faz sempre pisca, principalmente qd te vais atirar para outra faixa
3º Olha sempre muito bem na marcha a trás
4º E o conselho do lisboeta: atenção aos carris do eléctrico...

Foi este último, que como condutora citadina experiente, me esqueci de reforçar quando partirmos no sábado de manhã para a nossa primeira conquista. Descemos a graça a chover torrencialmente (naqueles momentos à filme, pois só choveu por 5 min, os exactos em que descíamos a calçada) tive de passar por cima dos carris, receei mas descansei ao passar, depois só ouvi o estrondo atrás, PUM!! Travei como pude e ouvi "estou bem, estou bem, acho é que a bicicleta ficou um pouco torta"...
Já pensei em instalar uma câmara no capacete, o que poderíamos rir agora :D Mázinha!!!

Continuando, depois de ajeitar o guiador, pedamálos rumo ao comboio que nos levaria a Cascais. O nosso colega português alcançou os 8 cumes mais altos, pois nós também já alcançamos algo: O Ponto Mais Ocidental da Europa!!!


É um daqueles sítios que como está sempre ali, mesmo ao lado, nem ligamos, agora imaginemos que morássemos em qualquer outro lado. Recordo que a primeira vez que lá fui, foi com uma amiga Russa que estava cá em passeio, assim como a primeira vez que fui à feira da ladra, fui levada por um amigo Suíço, o mesmo que me mostrou o padrão dos descobrimentos!!! Bem ao aquário Vasco da Gama fui repetidamente com escola, agora o Gerês ou os Açores ando a adiar consecutivamente, mas preparo-me para o caminho de Santiago, hum....